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Todos sabem que cor fígado é ruim, mas se você quiser, crie com ela.

Todos os Bull Terriers carregam o gene do locus B, que é um gene de sobreposição preta da produção de pigmento eumelanina. Revisões de publicações sobre herança de cores em cães, especialmente as mais recentes, afirmam que todos os Bull Terriers são duplamente BB dominantes porque todos os Bull Terriers têm o nariz e as almofadas pigmentadas pretas. Sabemos, é claro, que alguns Bull Terriers devem ser portadores de um gene b recessivo, pois é um fato a existência de Bull Terriers de cor fígado.

 

Portanto, quando o gene do locus B está presente (BB ou Bb), o cão terá uma sobreposição de pelo preto com nariz e almofadas pretas (eumelanina) e quando presente em duplo recessivo (bb) o corpo produzirá em todas as áreas de distribuição normal de melanina um tipo diferente de melanina chamada feomelanina que é o castanho-avermelhado (fígado). Portanto, neste caso (bb), o cão fica com o manto, nariz e almofadas fígado, olhos amarelados claros e sera fígado em todas as áreas onde deveria ser preto.

 

Os estudos médicos da mutação do pigmento preto estão centrados na mudança da pigmentação da eumelanina para a pigmentação da feomelanina. O pigmento melanina está presente em muitos locais do corpo (tanto em humanos quanto em cães). Isso inclui o aparelho auditivo, olhos, cérebro, pele e muito mais. A melanina atua como um antioxidante importante nesses locais para proteger contra radicais livres prejudiciais que causam uma miríade de alterações destrutivas nas funções celulares. A feomelanina (fígado) é um antioxidante pobre e não funciona de maneira semelhante à eumelanina (preto) em nenhum desses sistemas orgânicos.

Há provas documentadas de que a perda de melanina no aparelho auditivo do ouvido (Cóclea) aumenta a taxa de perda auditiva por exposição a ruídos altos e envelhecimento em humanos. Pesquisas sobre audição canina relacionaram a perda de células contendo melanina no aparelho auditivo diretamente à surdez congênita. Outra pesquisa mostrou uma função protetora da melanina na camada receptora de luz do olho (retina).

 

O gene recessivo b deve ocorrer com alguma frequência na raça, uma vez que ainda de forma rara surge persistentemente. E descobrir a frequência dessa expressão gênica depende do relato dos criadores, informando filhotes afetados, destinos, possíveis problemas etc. 

 

E com a população reprodutiva atual tão fortemente inclinada para os tricolores, há um risco significativo de que muitos mais animais cor fígado sejam produzidos, conduzindo a raça a diversas complicações oriundas da feomelanina. Certamente um cão afetado introduzirá o gene recessivo b rapidamente em nossos cães, pois cada prole carregará pelo menos uma cópia do gene recessivo b e servirá obviamente como portador. 

 

Os primeiros mentores da raça, que escreveram o padrão e as regras de cores hoje ignoradas, podiam não estar familiarizados com a ciência ou com Mendel, mas certamente compreenderam a importância da pigmentação e da carga genética relacionas a cores.

 

Concluindo, talvez a CBKC não tenha como coibir ou até mesmo proibir o registro de uma cor que é indesejada, mas é possível. O mesmo não acontece com Merles, já que Bull Terrier é uma raça Non-merle. Nossa missão como criadores e aficionados é compartilhar conhecimento e buscar auxílio da CBKC para mapear esses cães e tentar através de artigos técnicos, palestras e mentoria 

 

Adaptado por Junior (Auca Siguen) de um artigo escrito pelo Dr Carl Pew 

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